SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Prefeitura de São Paulo pediu à Justiça a penhora de bens para quitar dívidas do Club Noir, teatro já extinto de Roberto Alvim.

Diretor de teatro, Alvim foi secretário da Cultura do governo Jair Bolsonaro por dois meses e perdeu o cargo após parafrasear um discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista.

Em um dos processos, a Procuradoria-Geral do Município cobra o pagamento de R$ 12,3 mil em ISS (Imposto Sobre Serviço), relativos a diferentes meses entre 2013 e 2016.

Em outubro, a Justiça determinou que, caso a dívida não fosse quitada, um oficial de justiça deveria proceder à avaliação e penhora dos bens indicados e de tantos outros até atingir o valor devido.

A empresa está em nome da atriz Juliana Galdino, esposa de Alvim que em 2006 fundou com ele o Club Noir. Na Receita Federal, a empresa aparece como inapta por omissão de declarações.

Em outro processo, a prefeitura cobra R$ 15 mil de taxa de fiscalização de estabelecimento, relativos a 2016 e 2017.

Em setembro, a Justiça também determinou o pagamento em até cinco dias, a penhora de bens ou a apresentação de contestação em até 30 dias.

No site de consulta de dívidas ativas com a Prefeitura de SP, o Club Noir consta como devedor de R$ 27,6 mil em impostos atrasados.

Em julho de 2019, Alvim disse à coluna Mônica Bergamo que havia arrecadado R$ 18 mil em doações para sanar as dívidas que eram de R$ 30 mil do Club Noir.

Ele estava prestes a assumir a direção do Centro de Artes Cênicas da Funarte e afirmou que pagaria o restante das dívidas com seu salário em Brasília.