PF e Ministério Público realizam ação contra fraudes em criptomoedas
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quinta-feira, 03 de fevereiro de 2022
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal (PF) e o Gaeco/MPF (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal) deflagraram nesta quinta-feira (3) a Operação Valeta. É a terceira fase da Operação Kryptos, realizada no dia 25 de agosto para desarticular organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas.
Nesta última ação, cerca de 20 policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. As informações são da Agência Brasil.
A investigação apurou que a advogada responsável pela administração de duas companhias com sede em Campo Grande intermediava a movimentação financeira entre a principal empresa investigada na Kryptos e firmas estabelecidas no exterior. De acordo com a PF, tal intermediação permitiu a continuidade das atividades ilícitas desenvolvidas pela empresa, mesmo com a primeira fase da operação já deflagrada.
Segundo a Polícia Federal, a atividade das movimentações financeiras ilícitas intensificou-se mesmo após a deflagração da operação de agosto do ano passado, em claro desafio ao sistema judiciário brasileiro.
As apurações indicaram que o mesmo braço da organização criminosa foi responsável pela criação de uma corretora de criptoativos, que teria o objetivo de impedir ações de bloqueio e posterior confisco dos valores movimentados pelo esquema criminoso.
A PF informou que os investigados responderão pelos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. Se forem condenados, poderão cumprir pena de até 22 anos de reclusão.
De acordo com a PF, o nome da operação foi escolhido porque Valeta é a capital de Malta, país insular localizado no sul da Europa.