SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O PCO (Partido da Causa Operária) posicionou-se em apoio ao podcaster Monark, que defendeu o direito de existência de um partido nazista no canal Flow.

Em uma série de publicações nas redes sociais nesta terça-feira (8), a sigla de esquerda disse que Monark, apelido de Bruno Aiub, é uma vítima de perseguição por apresentar sua opinião. Ele foi afastado do canal.

"O clima policialesco de censura e histeria apoiado pela esquerda identitária não liberta nenhuma minoria oprimida. Ele apenas aumenta o poder de repressão do Estado burguês sobre todos", afirma o PCO, acrescentando que ele fez uso "de seu direito à livre expressão".O comentário do apresentador foi feito na segunda-feira (7), em entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB).

"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião ", disse Monark. "Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei". Tabata Amaral rebateu o podcaster.

O PCO argumentou no mesmo sentido que Monark.

"O Estado não deve ter o poder de pôr nenhum partido na ilegalidade. O argumento de tornar o fascismo ilegal abre margem também para criminalizar o comunismo. A luta contra o fascismo não passa pela repressão do Estado burguês, mas contra essa repressão", escreveu a legenda.

Em live nesta terça (8), Rui Costa Pimenta, presidente no PCO, disse concordar com Monark e ser favorável ao direito da legalização de um partido nazista no Brasil.

"Acho o nazismo uma abominação, mas se alguém quiser legalizar, que legalize. Tem que ser combatido publicamente, não através de uma legislação estatal", afirmou Pimenta.

O caso repercutiu negativamente e o Flow Podcast perdeu diversos patrocinadores e tem sido alvo de muitas críticas.