Para TSE, consulta de Eduardo Bolsonaro reforça desinformação sobre passaporte da vacina em eleição
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022
FÁBIO ZANINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) viu a consulta do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre o passaporte da vacina nas eleições como uma provocação para reforçar fake news sobre o assunto.
O envio do questionamento foi revelado pela colunista do jornal O Globo Bela Megale.
Eduardo perguntou ao TSE se a corte adotará a exigência e se tribunais regionais eleitorais, juntas eleitorais, governadores ou prefeitos poderão estipular regras próprias para a votação.
O tribunal identificou em seu monitoramento de informações falsas mensagens circulando com o boato de que pretende condicionar a votação à vacina, como forma de prejudicar o eleitor do presidente Jair Bolsonaro (PL) e impedir sua presença na urna.
Segundo a assessoria do TSE, essa discussão é inexistente. Integrantes lembram que, em 2020, as medidas sanitárias adotadas só foram discutidas 80 dias antes da eleição e, ainda assim, com a orientação de médicos e infectologistas.
Em 2022, caso seja necessário, o assunto será debatido novamente com especialistas e mais próximo da realização do pleito, para se ter um cenário mais preciso da situação.
Nas eleições municipais, mesmo com menos controle da pandemia de coronavírus e sem vacina disponível no Brasil, o tribunal entendeu que outras medidas preventivas eram suficientes para garantir a segurança dos eleitores.
Na época, ficou definido um horário especial para idosos e pessoas dos grupos de risco e foi exigido o uso da máscara.

