SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já indicou a aliados no partido que sua decisão de concorrer à Presidência da República não dependerá da disposição do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), em assumir a missão.

Hoje, seus correligionários dão como certa a desistência. Mas uma decisão só será anunciada oficialmente quando o partido tiver um caminho traçado para as eleições presidenciais, e após uma conversa presencial com o presidente da legenda, Gilberto Kassab.

Nesta terça-feira (8), Pacheco declarou nunca ter afirmado que disputaria o Palácio do Planalto.

Kassab vem insistindo na candidatura própria para conseguir conciliar os setores do partido alinhados tanto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quanto ao presidente Jair Bolsonaro.

Nos bastidores, no entanto, o PSD já prepara o discurso, caso Pacheco, de fato, se afaste da corrida presidencial.

Para o senador Nelsinho Trad (MS), por exemplo, Pacheco é "a pessoa certa, no lugar certo" e pode ter um papel importante nas eleições de 2022 ocupando a presidência do Senado.

Nas palavras do parlamentar, Pacheco será uma figura de sensatez na defesa da democracia. "O Brasil precisa de alguém ponderado e equilibrado para poder conduzir eventuais e prováveis extremos no embate no debate eleitoral", sustenta.