SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A agência FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos), dos Estados Unidos, autorizou nesta sexta-feira (19) a aplicação de uma dose de reforço da Moderna ou da Pfizer para todos os adultos do país que tomaram alguma vacina contra a Covid-19.

Agora, qualquer adulto nos EUA que tomou a dose única da Janssen contra a Covid-19 ou as duas doses da Pfizer ou da Moderna —as três vacinas já autorizadas pela FDA contra a doença— poderá se dirigir a um posto de vacinação para receber o reforço.

Para quem tomou duas doses da Moderna e da Pfizer, o reforço deve ser aplicado seis meses após a segunda aplicação. Para quem recebeu a vacina da Janssen, a segunda dose deve ser aplicada dois meses depois da aplicação da dose única inicial.

"Autorizar uma dose de reforço da vacina da Moderna ou da Pfizer contra a covid-19 para indivíduos com 18 anos ou mais ajuda a fornecer proteção contínua" contra o novo coronavírus, disse, em nota, Janet Woodcock, comissária da FDA.

Segundo ela, a autorização da FDA visa proteger os adultos especialmente dos quadros mais graves do novo coronavírus, como a hospitalização e a morte pela doença.

Antes do anúncio desta sexta, uma dose de reforço da Moderna ou da Pfizer estava autorizada nos EUA apenas para as pessoas com 65 anos ou mais já vacinadas e para as que tenham a partir de 18 anos com comorbidades ou exposição frequente ao coronavírus, caso de profissionais de saúde.

A decisão também visa facilitar o entendimento da população americana sobre as doses de reforço, de acordo com o diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, Peter Marks.

"Simplificar os critérios de elegibilidade e tornar as doses de reforço disponíveis para todos os indivíduos com 18 anos ou mais também ajudará a eliminar a confusão sobre quem pode recebê-la", afirmou ele, também em nota.

Atualmente, o equivalente a 57,75% da população dos EUA já recebeu ao menos uma dose da Janssen ou duas doses da Pfizer ou da Moderna contra a Covid-19, segundo dados atualizados pelo painel Our World in Data na quinta (18).

A porcentagem é menor que a do Brasil, onde 59,73% da população já recebeu ao menos uma dose da Janssen ou duas da AstraZeneca, da Pfizer ou da Coronavac, segundo dados divulgados no mesmo dia pelo consórcio de veículos de imprensa que acompanha a pandemia no país.