BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Ao menos cinco pessoas foram mortas a tiros nos arredores de Tel Aviv nesta terça-feira (29). O atirador também foi morto após o ataque, o quarto episódio do tipo nos últimos dez dias no país.

A imprensa local inicialmente havia informado que o autor da ação seria um cidadão árabe-israelense, mas depois apontou se tratar de um homem de 27 anos da Cisjordânia e membro do Fatah, organização palestina. Ele teria sido preso em 2015 por porte ilegal de armas, mas liberado cinco meses depois.

Testemunhas disseram que ele atirou contra varandas de um prédio residencial de Bnei Brak, subúrbio de maioria judeu ultraortodoxa da cidade, e depois disparou contra pessoas que estavam na rua. Ele estaria dirigindo uma moto e, segundo a imprensa local, outra pessoa foi presa sob suspeita de auxiliar o atirador.

Um dos mortos foi encontrado em um carro e outras três vítimas, em uma calçada próxima. Houve o registro ainda de uma pessoa gravemente ferida.

O porta-voz da polícia de Israel, Eli Levy, e as autoridades de Bnei Brak solicitaram que a população não se aproximasse do local do ataque. O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, ainda não se pronunciou.

A mais recente ação do tipo havia ocorrido no domingo (27), quando dois terroristas de origem árabe mataram dois policiais israelenses em Hadera -a 50 quilômetros de Tel Aviv. Eles foram mortos na sequência e ao menos três pessoas ficaram feridas.

O grupo Estado Islâmico depois reivindicou a autoria do ataque.

Em diferentes declarações, os movimentos islâmicos palestinos armados do Hamas e da Jihad Islâmica aplaudiram o que chamaram de "operação heroica de Hadera".

Cinco dias antes, um ataque também foi registrado em Beersheba, no sul do país. Um cidadão de origem beduína matou quatro pessoas --uma atropelada e três a facadas-- antes de ser morto por um civil armado. O episódio, um dos mais mortais do gênero nos últimos anos em Israel, havia sido o terceiro contra cidadãos judeus em menos de uma semana.

As autoridades isralenses estão em alerta para o aumento das tensões entre árabes e israelenses no mês de abril, mês sagrado para os muçulmanos (por causa do Ramadã), judeus (por causa do feriado de Pessach) e cristãos (da Páscoa).

Em maio do ano passado, por exemplo, conflitos estouraram na Faixa de Gaza nessa época.