BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Os senadores da CPI da Covid reagiram à fala do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, alegando que o chefe do Executivo "mentiu" em diversos momentos.

"Lamentavelmente mais um triste espetáculo. O presidente mentiu. A palavra é essa mesma: mentiu, do começo ao fim de seu discurso. Mentiu vergonhosamente, parece que estava falando de outro país. Não era esse velho Brasil com as contradições que todos nós conhecemos", afirmou Renan.

O relator da CPI da Covid completou que hoje foi verificado que a "vergonha desconhece limites" e chamou o presidente de figura "rudimentar, anacrônica, transitória e propagador de mentiras".

"Hoje verificamos na prática que a vergonha definitiva desconhece limites. Os vexames na ONU do presidente da República vão desde vaias, puxadinhos, proibição de acesso por falta de vacinação, advertências públicas do prefeito de Nova York e a negação universal das vacinas diante do primeiro-ministro do Reino Unido", afirmou Renan.

O relator também lembrou a fala de Bolsonaro, frente ao primeiro ministro Boris Johnson, no qual se vangloriou de não ter sido vacinado.

"O discurso lamentavelmente pífio do presidente na assembleia mostra ao mundo a república do cercadinho, uma vergonha para todos os brasileiros, a exumação da insignificância, único líder do G20 não vacinado Bolsonaro repetiu o papel de figura rudimentar, anacrônica, transitória e propagador de mentiras", afirmou.

Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou que Bolsonaro apresentou para os demais líderes avanços que não foram de seu governo. E também lembrou a defesa do tratamento precoce, com medicamentos sem comprovação de eficácia para o tratamento da Covid-19.

"Fala fake de avanços que são de outros governo que ele quer assumir pra si, porque ele faz tudo ao contrário. Ele defendeu o tratamento precoce outra vez na conferência das Nações Unidas", afirmou.

"Ele falou que o auxílio emergencial era de US$ 800. Deve estar se referindo a outro país", ironizou o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).