SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Movimentos que compõem a coordenação da campanha Fora Bolsonaro, responsável pelos atos da oposição pelo impeachment do presidente, discutem internamente a possibilidade de enviar uma delegação de lideranças para a manifestação marcada para 12 de setembro.

Existe na esquerda alguma resistência a aderir aos atos de domingo (12), dado que eles têm sido promovidos pelo MBL (Movimento Brasil Livre) e o VPR (Vem Pra Rua), compostos por políticos da direita não bolsonarista.

Lideranças de movimentos que compõem a campanha Fora Bolsonaro, como MST, MTST, UNE, além de siglas de esquerda e centrais sindicais, têm reconhecido o esforço do MBL em fazer concessões para que eles se juntem à manifestação de domingo (12).

Segundo relatam, o MBL mostrou disposição em abandonar menções negativas a Lula (PT) e positivas a Sergio Moro, garantiu o uso da palavra no carro de som a todas as entidades interessadas e tem sido aberto aos pleitos dos grupos de oposição.

Em reconhecimento a essa abertura e diante da possibilidade de articulação de atos conjuntos futuros surgiu a ideia de enviar uma delegação de lideranças de oposição. Para convocar os filiados e seguidores, no entanto, essas lideranças consideram tardio.

Participam da discussão da proposta representantes de movimentos como UNE, MST, MTST, legendas de esquerda e centrais sindicais, além das coordenações das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Alguns dos grupos que compõem o movimento, no entanto, já descartaram presença, como a CUT e a Central de Movimentos Populares.