SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os motoristas do BRT (sigla em inglês para sistema de transporte com ônibus rápidos) entraram em greve na madrugada desta sexta-feira (25) no Rio de Janeiro. Segundo a Prefeitura do Rio, a paralisação acontece sem nenhum comunicado por parte do sindicato ou de lideranças dos trabalhadores sobre a pauta de reivindicações.

"Portanto, trata-se de uma greve ilegal", afirmou a prefeitura, por meio das redes sociais.

Os rodoviários pedem reajuste salarial e mais segurança para trabalhar.

A Mobi-Rio, atual responsável pelo sistema BRT, orienta a população a procurar alternativas para o transporte público.

Segundo a prefeitura, a presidente da Mobi-Rio, Cláudia Seccin, tentou contato com os grevistas no meio da madrugada, mas não conseguiu conversar para negociar o fim da greve.

Apenas a linha Santa Cruz x Alvorada, do BRT Transoeste, funcionava na manhã desta sexta. Os outros corredores, Transcarioca e Transolímpica, estão parados.

A Polícia Militar informou que está fiscalizando a movimentação nas estações para "garantir a segurança da população e evitar desdobramentos violentos".

Na semana passada, o prefeito Eduardo Paes (PSD) decretou a caducidade do contrato de concessão do sistema BRT, ou seja, extinguiu o contrato assinado em 2010. Dessa forma, a operação do serviço público de ônibus foi devolvido ao município.

"A ação foi motivada pelo descumprimento por parte dos concessionários de obrigações contratuais de prestação de um serviço de transporte público adequado", afirmou a prefeitura.

O serviço atende 248 mil pessoas por dia. Com a extinção do contrato, o BRT está sob intervenção da prefeitura e é gerido pela empresa pública Mobi-Rio, criada por decreto em dezembro do ano passado.

"Tem empresário de ônibus insatisfeito com a encampação e usando trabalhadores do BRT para tentar reconquistar a concessão. Lamento informar que não serão bem-sucedidos. Vamos prosseguir. Estamos trabalhando para restabelecer o sistema", disse Paes nesta manhã.