SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A morte da mãe do presidente Jair Bolsonaro (PL), Olinda Bolsonaro, nesta sexta-feira (21), motivou manifestações de pesar ao chefe do Executivo de rivais e de aliados na política.

Os presidenciáveis Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) citaram a necessidade de colocar as divergências de lado diante do luto do mandatário. O governador paulista, João Doria (PSDB), também enviou condolências à família.

"Divergências profundas não podem ser maiores do que o respeito pela dor humana. Meus sentimentos ao presidente da República pela perda da mãe", escreveu Moro, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, com quem rompeu em 2020, quando pediu demissão acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal.

De olho no voto conservador, o ex-juiz da Lava Jato, que deixou a carreira jurídica para ingressar no governo, tem intensificado as críticas a Bolsonaro desde que se filiou ao Podemos em novembro para disputar as eleições.

"Meus sentimentos à família Bolsonaro pelo falecimento da Dona Olinda. A perda da mãe ou avó é sempre uma dor irreparável. Que ela descanse em paz e Deus conforte familiares e amigos", escreveu Doria, um dos principais opositores do presidente.

Na esquerda, a manifestação de pesar veio de Ciro Gomes (PDT), rival de Bolsonaro no pleito de 2018, quando terminou em terceiro lugar.

"Meus pêsames a Bolsonaro pela perda de sua mãe. Por maior que sejam as divergências, há momentos que superam esta barreira", disse Ciro em rede social.

O ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas sobre a disputa à Presidência, não se manifestou sobre o assunto em suas redes sociais até a tarde desta sexta.

Bolsonaro também recebeu condolências do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), que, na tentativa de firmar seu nome para a disputa presidencial, subiu o tom das críticas ao mandatário, de quem teve apoio para chegar ao cargo.

"Meus sentimentos ao presidente Jair Bolsonaro em razão do falecimento de sua mãe, Olinda Bolsonaro, ocorrido nesta sexta-feira. Estendo minhas condolências aos demais familiares e amigos. Que Deus conforte a todos!", escreveu.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), também prestou condolências. "Meus sentimentos ao presidente Bolsonaro pelo falecimento de sua mãe. Que Deus possa confortar os corações dos amigos e familiares".

A morte foi confirmada por Bolsonaro em uma publicação nas redes sociais. "Que Deus a acolha em sua infinita bondade", escreveu. "Nesse momento me preparo para retornar ao Brasil."

O presidente estava em viagem oficial ao ​Suriname, em uma agenda voltada para cooperação na área de energia. Havia previsão de uma visita da comitiva presidencial à Guiana nesta sexta-feira, mas ele antecipou seu retorno ao Brasil e chegou à tarde ao interior paulista para acompanhar o velório.

Em homenagem à mãe, Bolsonaro publicou fotos e vídeos em que aparece ao lado de Olinda e de outros familiares. Em um dos vídeos, ela canta uma música italiana.

Pela manhã, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) da Presidência da República divulgou uma nota de pesar.

"A Secretaria Especial de Comunicação Social une-se a toda a equipe de governo e aos brasileiros em condolências e orações pelo falecimento da senhora Olinda Bonturi Bolsonaro, mãe do presidente Jair Bolsonaro. Que Nosso Senhor acolha a alma de dona Olinda e ampare o senhor presidente da República e demais familiares", diz o comunicado.

​A solidariedade também veio do alto escalão, com mensagens de cunho religioso, destacando o amor entre mãe e filho. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, escreveu que Olinda teve uma vida longa e feliz. "Um exemplo a ser seguido por sua força e coragem".

Tarcísio Gomes de Freitas (infraestrutura) disse ter fé que a mãe do presidente está com os eleitos junto de Deus e desejou força ao mandatário. "O amor dos filhos é evidência de vida justa na terra e galardão no céu".

Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) também pediu o consolo divino para o presidente e a família e afirmou que Bolsonaro foi um filho extraordinário. "Dona Olinda Bolsonaro, a mãe que ele tanto amou e honrou, foi para o céu. Que Deus console toda família".

Os ex-ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Abraham Weintraub (Educação) publicaram notas em solidariedade a Bolsonaro, gesto feito também por aliados, como a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), e ex-aliados, como a deputada paulista Janaina Paschoal.

"Minha solidariedade ao presidente Jair Bolsonaro, familiares e amigos, que nosso Senhor possa confortar o coração de todos. Agora Dona Olinda está no céu ao lado do Pai", publicou Zambelli.

"Meus sentimentos ao presidente e família, pela partida da Sra. Olinda Bolsonaro. Que seja bem recebida na pátria espiritual", escreveu Janaina.