SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério da Defesa da Rússia negou nesta quinta-feira (10) que suas tropas tenham bombardeado, no dia anterior, uma maternidade e um hospital infantil na cidade de Mariupol, na Ucrânia. Segundo a pasta, imagens de pessoas feridas e as acusações por parte de autoridades ucranianas fazem parte de uma "provocação encenada".

Nesta quinta, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse que três pessoas, incluindo uma criança, foram mortas no ataque aéreo ao hospital. Um dia antes, o governo ucraniano informou que 17 pessoas, entre elas mulheres e crianças, teriam ficado feridas no ataque, atrelado aos russos.

Imagens divulgadas por fontes oficiais do governo ucraniano mostraram vários destroços do local, além de grávidas sendo removidas em meio do entulho gerado pelo bombardeio.

Antes do comunicado do Ministério da Defesa, o chefe das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, havia chamado de patética a reação dos ucranianos. Ele alega que, ao contrário do que foi dito por Kiev, o prédio atacado estava sem pacientes há dias e vinha sendo ocupado por soldados ucranianos.

O Kremlin também se manifestou, mas não foi assertivo em sua versão: "Vamos perguntar aos nossos militares, porque você e eu não temos informações claras sobre o que aconteceu lá", disse o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, a repórteres.