SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O jornalista Merval Pereira foi eleito nesta quinta-feira para a presidência da Academia Brasileira de Letras.

Colunista do jornal O Globo e comentarista da GloboNews, o acadêmico ocupará o cargo por um ano e pode ser reeleito no máximo três vezes. Ele substitui o escritor Marco Lucchesi, que presidiu a entidade por quatro anos e não podia mais se reeleger.

Pereira era candidato único à vaga, integrando uma chapa que tem a escritora Nélida Piñon no cargo de secretária-geral, Evaldo Cabral de Mello na tesouraria e os acadêmicos Joaquim Falcão e Celso Lafer também no secretariado.

A votação para cada um dos cargos ocorre por maioria simples, de maneira similar às escolhas de novos imortais. A Academia acrescentou quatro novos membros recentemente, completando cadeiras que ficaram vagas durante a pandemia e estavam represadas até que as tradicionais Sessões da Saudade voltassem a ser feitas, o que aconteceu em agosto.

As eleições mais rumorosas foram a da atriz Fernanda Montenegro e do compositor Gilberto Gil, em novembro, num movimento que apontou para a ampliação da visibilidade da ABL e para a adoção de um conceito mais amplo de cultura.

Também foram eleitos, nas semanas seguintes, o médico Paulo Niemeyer Filho e o advogado José Paulo Cavalcanti. Nenhum deles é conhecido principalmente pela literatura, ainda que todos tenham escrito livros, como é mandatório para ocupar uma cadeira na ABL.

Ainda há outra eleição em aberto, marcada para 16 de dezembro, para decidir o imortal que ocupará a cadeira do professor de filosofia Tarcísio Padilha. Entre os candidatos, estão o escritor Gabriel Chalita e o economista Eduardo Giannetti da Fonseca.