SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A indústria de produtos de higiene pessoal e cosméticos esperava crescimento de 7% a 8% nas vendas em 2021, mas fechou o ano com queda de quase 3% em relação a 2020, segundo a Abihpec, associação do setor.

João Carlos Basilio, presidente-executivo da entidade, diz que o setor apostava na flexibilização das restrições e na reabertura das lojas para manter o ritmo registrado no primeiro ano da pandemia, quando avançou 5,8%.

Para este ano, a indústria espera equilíbrio e quer empatar com a performance de 2020 para recuperar as perdas, afirma Basilio.

"A gente não tem mais coelho para tirar da cartola. Aquilo que o setor conseguiu segurar em termos de repasse dos custos já chegou ao limite. A inflação do setor é um terço da geral. Nós vamos ter a necessidade de continuar repassando para os preços os aumentos que já vínhamos acumulando no decorrer do ano", diz.

Uma das categorias que ajudaram a puxar o resultado para baixo foi a de cuidados com a pele, que saiu de uma alta de quase 22% em 2020 para uma queda acima de 12% no ano passado.

Segundo a entidade, quem segurou o baque foi o segmento de higiene pessoal, cujas vendas cresceram 4,7% na comparação anual. Os produtos para tratamento capilar também tiveram boa performance.