SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O médico brasileiro Victor Sorrentino, que foi detido no Egito sob acusação de ofensa de teor sexual, deixou o país e já chegou ao Brasil. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da família.

​O retorno aconteceu dois dias depois de Sorrentino postar, em suas redes sociais, um novo vídeo em que a vendedora alvo das insinuações de teor sexual afirmava aceitar as desculpas do brasileiro.

Tanto Sorrentino quanto a vendedora são mostrados na gravação, postada nas redes sociais do médico na sexta (4) —a mulher porém, tem sua imagem borrada.

No registro, o médico disse que errou em fazer uma gravação sem autorização e usando “palavras feias”. Ele pede as “mais sinceras desculpas” à vendedora, que afirma aceitá-las, acrescentando que o povo egípcio é muito hospitaleiro e recebe visitantes de todas as partes do mundo.

O brasileiro Victor Sorrentino foi detido no Egito sob acusação de ofensa de teor sexual no país após divulgar um vídeo em suas redes sociais no qual ofende a vendedora de papiro, dentro de uma loja.

No vídeo, Sorrentino aparece conversando em português com a vendedora de papiros. “Vocês gostam mesmo é do bem duro, né?”, pergunta o médico. “Comprido também fica legal, né? O papiro comprido.”

Sem entender o idioma, a vendedora muçulmana responde que sim, sorri e é alvo de risadas do médico e de seus acompanhantes brasileiros.

Com a repercussão do episódio, o médico já havia pedido desculpas e se justificado, dizendo que é “muito brincalhão”. Com quase 1 milhão de seguidores, Sorrentino tornou seu perfil no Instagram privado depois da polêmica.

Como mostrou uma reportagem do jornal Folha de S.Pauio, Sorrentino oferecia consultas em Portugal sem ter o diploma de medicina validado no país europeu. Cada consulta custava até 350 euros (cerca de R$ 2.100).

Além de divulgar os atendimentos em Lisboa e no Porto via redes sociais, Sorrentino ainda tinha em seu site uma área dedicada especialmente ao agendamento de consultas em Portugal.

O médico também é defensor do chamado tratamento precoce para a Covid-19 e deu entrevistas defendendo a hidroxicloroquina, medicamento considerado ineficaz para a doença.