SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Enquanto a guerra na Ucrânia caminha para quase um mês de duração ainda sem um acordo concreto de paz no horizonte, Mariupol continua sob ataques —a cidade é talvez a que teve a estrutura mais afetada até aqui.

Nesta terça (22), o porto no sudeste do país foi novamente alvo de bombardeios. A administração municipal definiu o cenário como "cinzas de uma terra morta".

A agência russa RIA afirmou que as forças do país, aliadas à forças separatistas, já tomaram metade da cidade, que segue sitiada. A informação não pôde ser verificada de forma independente.

Tomar o controle de Mariupol é estratégico para Vladimir Putin pois permitiria criar uma rota terrestre direta entre o sudoeste da Rússia e a Crimeia, região anexada em 2014.

Enquanto isso, as forças de Moscou também aumentam o cerco nas bordas da capital ucraniana. Segundo a agência de notícias AFP, um ataque de drone atingiu um instituto científico de Kiev, deixando um morto.

A secretária de direitos humanos do Parlamento ucraniano, Liudmila Denisova, afirmou ainda que cinco pessoas morreram na cidade de Avdivka, na região de Donetsk, após um ataque aéreo russo. As regiões de Donetsk e Lugansk tiveram sua independência reconhecida por Putin e são a base de forças separatistas pró-Rússia.

A Ucrânia acusou bombardeios também em Tchernihiv e Odessa nesta terça.