SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) divulgou uma nota neste domingo (20) manifestando descontentamento com a indicação de seu nome para o Senado e acusando o partido de usá-la como "massa de manobra". A parlamentar diz não ter sido consultada sobre a decisão, o que, segundo ela, mostra "descuido" e "precipitação sem limites".

Segundo a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, ela decidiu sair do PT e estuda se filiar ao MDB ou ao Solidariedade.

"Não fui consultada e não autorizei que envolvessem o meu nome em qualquer negociação, menos ainda que tornassem público, como se fossem os senhores do meu destino, sobretudo após meses de desgaste político e público feito por meio da imprensa, escondido sob manto do off e notícias de bastidores",escreveu ela.

Na nota, Marília diz ainda que um acordo de cúpula impediu sua candidatura ao governo de Pernambuco, em 2018. Ela diz que o partido também tentou inviabilizar politicamente a sua candidatura à prefeitura de Recife, o que, para ela, teria contribuído para a vitória de seu adversário João Campos (PSB), que também é seu primo.

No mesmo comunicado, a deputada afirmou estar conversando com lideranças políticas de Pernambuco e deve anunciar os seus planos nos próximos dias seus planos para as eleições. Marília ponderou que suas questões com o partido não irão interferir em seu apoio "incondicional" à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência.