SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi transferido nesta quinta-feira (3) de presídio federal. Ele estava em Brasília desde março de 2019.

O Departamento Penitenciário Nacional não informou para qual unidade Marcola foi transferido. Segundo o UOL, ele voltou para Porto Velho (RO).

O líder do PCC esteve preso em Rondônia por pouco mais de um mês em 2019, para onde foi levado após cumprir sentença na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (a 611 km da capital paulista).

A escolta de transferência envolveu agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.

Em suas redes sociais, o ministro da Justiça, Anderson Torres, parabenizou os órgãos envolvidos na transferência. "Hoje, após minucioso planejamento do @depenmj, efetuamos a transferência do prisioneiro conhecido como Marcola, da Penitenciária Federal de Brasília. Ação de sucesso total, com apoio da @policiafederal, @PRFBrasil e #SENASP. Parabéns aos envolvidos!"

De acordo com o Depen, as transferências de presos são medidas rotineiras. "São efetivadas por indicação da inteligência penitenciária, atividade essencial para orientar a definição de estratégias de combate ao crime organizado", afirma o órgão em nota.

O chefe do PCC, condenado a mais de 300 anos de prisão, foi transferido do interior paulista para a unidade de segurança máxima de Porto Velho, em 2019, por causa da descoberta, no ano anterior, de um plano de fuga que utilizaria até um exército de mercenários para o resgate dele e de parte da cúpula da facção criminosa.

Também em 2018, duas mulheres foram presas com suposta carta com ordem de Marcola para matar o promotor Lincoln Gakiya, que investiga há anos o crime organizado.

Em maio de 2006, a transferência de 765 presos do PCC para o presídio de Presidente Venceslau levou a uma grande onda de violência no estado, com ataques às forças de segurança, deixando um saldo de 564 mortos, dos quais 505 eram civis.