SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mais de 50 mil pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, informou o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) nesta sexta (25). A maioria teria ido em direção à Moldávia e à Polônia —este último, o maior país da divisa oeste da Ucrânia. As duas nações compartilham 535 km de fronteira.

Na quinta (24), as Nações Unidas informaram que mais de 100 mil pessoas já haviam se deslocado devido ao conflito. Neste caso, os números englobam aqueles ucranianos que se deslocaram internamente e os que fugiram para outros países.

Estima-se que essa migração possa envolver até 5 milhões de moradores, sendo que 3 milhões devem ir para a Polônia —a população total da Ucrânia é de cerca de 44 milhões de pessoas. Apenas na quinta, autoridades fronteiriças afirmaram que 29 mil entraram em solo polonês. Grande parte segue para centros de acolhimento de refugiados, organizados por Varsóvia e pela comunidade europeia.

Até agora, os campos recebem principalmente mulheres e crianças, uma vez que homens estariam sendo impedidos de deixar o país, sob justificativa de necessidade militar.

Em 2014, a crise gerada pela anexação russa da Crimeia e os embates entre as forças de Kiev e grupos separatistas provocaram o deslocamento de 1,5 milhão de pessoas, segundo a Cáritas Ucrânia, organização ligada à Igreja Católica.