SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Lula jantou com o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) no Rio de Janeiro no domingo (27).

O encontro foi restrito: além do anfitrião e de sua mulher, a escritora Antonia Pellegrino, estavam presentes a noiva de Lula, Rosangela da Silva, a Janja, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, o petista André Ceciliano.

Lula reafirmou seu apoio à candidatura de Freixo para o governo do Rio.

Pré-candidato pelo PSB, Freixo enfrenta focos de resistência na legenda: o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) também pretende concorrer a um cargo majoritário, o de senador.

Como o PSB vai se aliar ao PT, no entanto, não pode indicar os dois cargos mais importantes da chapa.

Assim, se Freixo disputar o governo, o PT indicará o candidato ao Senado.

Para Molon ter chance de virar candidato ao Senado, Freixo teria que ser afastado da disputa ao governo.

Um outro ponto de pressão sobre Freixo é o grupo do atual prefeito do Rio, Eduardo Paes. Próximo de Lula, ele tenta minar o apoio do PT ao candidato socialista.

Lula, no entanto, vem reafirmando seu apoio a Freixo –e o jantar de ontem confirma a sua postura.

O apoio de Lula é crucial para Freixo.

Sem ele, o deputado federal tem 30% da preferência do eleitorado no segundo turno, contra 34% de seu principal opositor, o atual governador do estado, Cláudio Castro. Os números são da pesquisa Quaest/Genial divulgada na semana passada.

Quando Freixo é apresentado aos eleitores com o apoio de Lula, ele salta para 41% contra 36% de Cláudio Castro apresentado como candidato com apoio de Jair Bolsonaro. Ou seja, as posições se invertem, com o socialista tomando a dianteira.

No encontro, Lula e Freixo conversaram sobre a avalanche de fake news esperadas para as eleições, e os meios para combatê-las.