SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a delegação que o acompanha em viagem ao México tiveram que deixar o auditório da Câmara dos Deputados na capital pouco antes de uma palestra que estava prevista para a manhã desta quinta-feira (3) por causa de um alerta de terremoto.

Segundo relatos, um alarme tocou e os presentes tiveram que deixar o espaço -eles não sentiram os tremores.

O ex-presidente e a delegação, junto das demais pessoas, se dirigiram ao pátio central da Câmara onde aguardaram por cerca de 20 minutos a instrução de que poderiam retornar ao espaço. Nesse meio tempo, Lula posou para fotos com deputados mexicanos.

De acordo com a Reuters, um terremoto de magnitude 5,7 foi registrado em Veracruz, no México, e alarmes soaram na capital mexicana.

Lula chegou ao país na segunda-feira (28). Ainda nesta quinta (3), ele deverá falar em sessão no Senado.

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o senador Humberto Costa (PE) e os ex-ministros Celso Amorim e Aloizio Mercadante acompanham Lula na viagem, assim como sua noiva, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja.

Em conversa na Câmara, o ex-presidente voltou a criticar a guerra da Rússia e a Ucrânia, afirmou que "as grandes potências precisam entender que não queremos ser inimigos de ninguém" e que não interessa uma nova guerra fria envolvendo os Estados Unidos, China ou Rússia.

"Sou e serei contra todas as guerras e qualquer invasão de um país por outro país, seja no Oriente Médio, na Europa, na América Latina, no Caribe, na África, em qualquer lugar do planeta. Defenderei até o fim a paz e a soberania de cada nação diante de agressões externas", disse ainda.

A viagem marca a retomada da agenda internacional de Lula, que foi interrompida pelo aumento de casos de Covid gerado pela variante ômicron.

No ano passado, o ex-presidente esteve na Europa e foi recebido por líderes como o francês Emmanuel Macron, crítico do presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário na eleição presidencial deste ano.

Em dezembro, também foi à Argentina e se encontrou com o presidente Alberto Fernández, outro desafeto de Bolsonaro.