SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ranking da traição ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na votação da PEC do Ministério Público mostra que nem mesmo o PP, legenda do parlamentar, foi totalmente fiel a ele.

Do total de deputados do partido, 85,7% seguiram Lira e votaram na proposta que modificava a composição nacional do Conselho Nacional do Ministério Público, órgão que fiscaliza procuradores e promotores. Outros 11,9% votaram contra, e 2,4% não apareceram.

Entre os partidos que orbitam na Câmara em torno de Lira, o mais infiel foi o PSDB, que liberou a bancada para votar como bem entendesse. Resultado: 67,7% votaram contra a proposta e a favor das teses dos procuradores.

Depois dele no ranking dos "traidores" vêm as bancadas do Podemos (50% contra a proposta de Lira e 50% a favor), do Pros (50% contra Lira e 40% a favor), do Patriota (50% contra e 33% a favor) e do PSL (48% contra e 42% a favor). Dos partidos alinhados com Lira e Jair Bolsonaro, os mais fieis depois do PP foram o PTB de Roberto Jefferson (80% com o presidente da Câmara e 10% contra) e o PL (72% a 16%).

Uma "traição" mereceu registro especial: a do líder do PSD, Antonio Brito. A orientação de seu partido era o voto "sim" na proposta. Mas ele cravou "não".

O PT votou em peso a favor da proposta, apresentada por um parlamentar do partido, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP): 96,2% votaram a favor da mudança na fiscalização do MP. Um parlamentar está viajando e apenas um se absteve.