'King's Man: A Origem' é uma comédia rasteira e faz pastiche de '007' (1)
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 05 de janeiro de 2022
IVAN FINOTTI
FOLHAPRESS - É curioso que três meses depois da estreia de "007 - Sem Tempo para Morrer", o ator Ralph Fiennes o chefão M na série de James Bond seja o protagonista deste "Kings Man: A Origem", que chega aos cinemas agora. Isso porque seu personagem é claramente uma cópia de 007, mas que viveu cem anos atrás.
Envolto numa conspiração para deflagrar a Primeira Guerra Mundial, o duque Orlando Oxford, papel de Phiennes, acaba criando a Kingsman, uma organização de agentes secretos que busca salvar o mundo de vilões maquiavélicos e risíveis.
Veja se a sinopse do filme não poderia se passar por uma obra baseada nas histórias de Ian Fleming. "Enquanto um grupo formado pelos piores tiranos e gênios do crime se reúne para planejar uma guerra que fará milhões desaparecerem, um homem deve correr contra o tempo para deter todos eles."
Mas a pegada aqui é mais cômica do que nos filmes de Bond, assim como nas duas outras produções da franquia, "Kingsman: Serviço Secreto", de 2014, e "Kingsman: O Círculo Dourado", de 2017. A base dos agentes é uma alfaiataria chique de Londres.
"Kings Man: A Origem", porém, é uma "prequência" que se passa no início do século passado e não traz os personagens principais da série, interpretados por Colin Firth e Taron Egerton.
Em 1914, quando o arquiduque da Áustria, Francisco Ferdinando, é vítima de um atentado em Sarajevo, seu amigo Orlando Oxford tenta fazer o seu resgate. A partir daí, o duque lutará com sua equipe Polly, vivida por Gemma Arterton, e Shola, papel de Djimon Hounsou contra alguns personagens históricos, como Rasputin, vivido por Rhys Ifans, Mata Hari, interpretada por Valerie Pachner, e outros inventado.
Lutará, principalmente, contra o desejo de seu filho adolescente, Conrad, papel de Harris Dickinson, em se envolver nas batalhas, uma promessa que faz à mãe do garoto antes de ela morrer.
Inspirados em uma série de quadrinhos, os três filmes até agora o quarto está programado para 2023 foram dirigidos por Matthew Vaughn, que também produz e escreve os roteiros.
Mas não se pode dizer que Vaughn de "X-Men - Primeira Classe", de 201 seja um diretor interessante. Se seus personagens parecem vir diretamente da lojinha dos clichês, seus filmes são competentes e corretos, têm efeitos especiais e explosões, mas sem brilho algum.
A grande aposta do filme é a veia cômica, mas existe uma linha muito tênue entre graça e pastelão, entre diversão e constrangimento, e nem sempre Vaughn transita com sabedoria nessa corda bamba. Se a cena com Rasputin na corte russa consegue arrancar algumas risadas da plateia, é difícil levar a sério a escalação de Ralph Fiennes como protagonista de uma comédia rasteira como essa.
KING'S MAN: A ORIGEM
Avaliação Regular
Quando Estreia nesta quinta (6)
Onde Nos cinemas
Classificação 14 anos
Elenco Ralph Fiennes, Harris Dickinson, Rhys Ifans
Produção Reino Unido, 2021
Direção Matthew Vaugnh
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