RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O andamento do processo sobre o incêndio no Ninho do Urubu, CT do Flamengo, está suspenso. A decisão foi assinada nesta quarta-feira (16), pelo juiz Marcos Augusto Ramos Peixoto, da 36ª Vara Criminal da Capital do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ), após o MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) arguir a suspeição do magistrado.

A alegação do MP-RJ aponta "vício do julgado por violação do contraditório e prolação de decisão surpresa", após o juiz ter rejeitado a denúncia contra o ex-diretor de base Carlos Noval e o engenheiro Luiz Felipe Pondé. Ao todo, eram 11 réus, incluindo Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo.

Desta forma, o caso não terá mais nenhuma decisão em primeira instância até que, em segunda instância, a Justiça do Rio de Janeiro analise o caso sobre a suspeição do juiz que está à frente do caso. Confirmada pela reportagem, a informação foi publicada, primeiramente, pelo site Esporte News Mundo.

Em janeiro, o TJ-RJ recebeu a denúncia do MP-RJ sobre o incêndio no Ninho do Urubu. Desta forma, 11 pessoas se tornaram réus no caso e responderiam pelo crime de incêndio culposo qualificado pelos resultados morte e lesão grave.

Além do ex-mandatário do clube rubro-negro, Antonio Marcio Garotti (ex-diretor financeiro), Carlos Renato Mamede Noval (atual diretor de transição), Marcelo Maia de Sá (ex-diretor de obras), Luiz Felipe Almeida Pondé (ex-engenheiro do clube), Claudia Pereira Rodrigues (diretora da NHJ, fabricante dos contêineres), Weslley Gimenes (engenheiro da NHJ), Danilo da Silva Duarte (engenheiro da NHJ), Fabio Hilário da Silva (engenheiro da NHJ), Edson Colman da Silva (técnico de refrigeração) e Marcus Vinicius Medeiros (monitor) foram os demais nomes citados.