SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou nesta terça (22) a denúncia do Ministério Público contra três homens acusados de assassinar o imigrante congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, no dia 24 de janeiro.

A juíza Tula Correa de Mello, da 1ª Vara Criminal, decretou a prisão preventiva de Fábio Pirineus da Silva, o Belo; Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove; e Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota. O trio foi denunciado na segunda-feira (21) pelo MP-RJ por homicídio triplamente qualificado.

Agora réus, os três já cumpriam prisão temporária desde o dia 2 de fevereiro. A conversão para prisão preventiva, conforme determinado pela magistrada, atende à sugestão feita pelo MP na denúncia.

Mello observa que a denúncia mostra que "o crime foi praticado por motivo fútil, eis que decorrente de uma mera discussão, e praticado com emprego de meio cruel haja vista as agressões bárbaras."

"O crime foi praticado com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, eis que foi derrubada e imobilizada, não tendo como reagir", acrescentou a juíza. Reportagem do site UOL teve acesso a imagens de câmera de segurança do quiosque, que mostram os três dando socos, chutes e golpes com pedaços de pau em Moïse na noite de sua morte.