SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Justiça de São Paulo rejeitou pedido de habeas corpus apresentado pelos advogados de Law Kin Chong e de sua esposa, Hwu Su Chiu Law, e eles terão de depor à CPI da Pirataria na Câmara Municipal de São Paulo.

Chong, chinês naturalizado brasileiro, já foi considerado um dos maiores contrabandistas do Brasil e é dono de alguns dos mais conhecidos shoppings populares da região central de SP, como o 25 de Março.

Os advogados de Chong argumentaram que o empresário tem sido ilegalmente constrangido pela comissão e que está sendo convocado a depor como testemunha, mas que na verdade é um investigado.

O Ministério Público de São Paulo disse não ver fundamento para a argumentação e destacou que o presidente da CPI, o vereador Camilo Cristófaro (PSB), destacou que Chong poderá consultar seu advogado a todo tempo ou ficar em silêncio durante o depoimento.

O juiz Fabio Pando de Matos concordou, rejeitou o habeas corpus e julgou extinto o processo.

Cristófaro diz que a data dos depoimentos e o formato (se individual ou em casal) ainda serão definidos em reunião nesta semana.

Chong foi preso em 2004 durante outra CPI da Pirataria, acusado de tentar subornar o deputado federal Luiz Antonio Medeiros (PL-SP) para paralisar as investigações.