Juízes e integrantes do Ministério Público atacam quarentena eleitoral aprovada na Câmara
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quinta-feira, 16 de setembro de 2021
FÁBIO ZANINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A inclusão no novo Código Eleitoral da quarentena para policiais, juízes, militares e integrantes do Ministério Público é alvo de críticas entre entidades que representam as carreiras.
O resgate da quarentena foi aprovado após uma manobra do centrão liderada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que incluiu uma emenda aglutinativa cujo teor era quase idêntico ao texto derrotado na última semana.
A mudança nos textos foi a diminuição da quarentena de cinco para quatro anos.
Os integrantes do Ministério Público, em nota divulgada pela Conamp, afirmam que a medida é inconstitucional e foi tomada de forma açodada.
É o equivalente à condenação e como consequência perda de direitos políticos, afirma Manoel Murrieta, presidente da entidade, que acredita na derrubada da mudança no Senado.
Os juízes federais afirmam que a mudança na legislação tem por objetivo penalizar agentes públicos que cumpriram suas funções e optaram pelo caminho da política.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil diz em nota não apoiar a candidatura de magistrados ainda em atuação ou licenciados, mas que causa estranheza a insistência de alguns parlamentares de tentar restringir os direitos políticos de cidadãos que cumpriram seus papéis na magistratura.
Como mostrou o Painel, o deputado Capitão Augusto (PL-SP), líder da bancada da bala, diz que irá acionar o Supremo Tribunal Federal contra a quarentena.

