BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Os investimentos diretos de estrangeiros no Brasil somaram US$ 4,7 bilhões (R$ 23,7 bilhões) em janeiro. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (23).

O montante ficou acima da previsão do BC para o mês, que era de US$ 3,2 bilhões (R$ 16,1 bilhões).

Resultado é superior em relação ao mesmo mês do ano passado, quando houve US$ 3,5 bilhões (R$ 17,7 bilhões) em investimentos desse tipo.

O fluxo voltou a ser positivo depois de desinvestimentos em dezembro do ano passado, quando os investimentos diretos no país tinham registrado saldo negativo de US$ 3,935 bilhões (R$ 19,9 bilhões). Isso significa que houve mais saída do que entrada de recursos. Na ocasião, o BC atribuiu o resultado negativo a um forte aumento das remessas de lucros para o exterior.

Os investimentos diretos são realizados por empresas que preferem estabelecer um relacionamento de médio e longo prazo com um país, assim, são menos voláteis que os investimentos financeiros, como compra de ações ou de títulos públicos.

No mês de janeiro, US$ 4,4 bilhões (R$ 22,2 bilhões) foram aportados no Brasil por meio de participação no capital de empresas, quando a matriz estrangeira injeta recursos em troca de uma fatia do negócio local. Nesse caso, a remuneração para a companhia investidora se dá a partir da distribuição de lucros.

Já os empréstimos intercompanhia registraram entrada líquida de US$ 307 milhões (R$ 1,5 bilhão). Na modalidade, quando a matriz concede crédito a sua subsidiária brasileira, o retorno da empresa estrangeira é feito com pagamento de parcelas fixas em um prazo determinado, com juros.