BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Integrantes do Ministério Público têm comemorado a derrubada do texto da PEC que altera a composição do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), mas aguardam uma reação de Arthur Lira (PP-AL) para tentar emplacar a proposta.

Procuradores e promotores temem uma manobra do grupo liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados com apresentação de um novo texto, que resultaria em uma nova votação em que Lira possa reverter a derrota por apenas 11 votos.

Lira busca os possíveis traidores e disse após a votação que o "jogo só acaba quando termina".

Em tese, após a derrubada do substitutivo na quarta (20), o texto original da PEC e destaques supressivos podem ser votados.

"O resultado da votação transmite um recado claro de que propostas como essa têm de ser discutidas a fundo, sem acordos açodados, nem atalhos regimentais, em benefício da sociedade e do próprio processo democrático", disse ao Painel Ubiratan Cazetta, a Associação Nacional dos Procuradores da República.

A ordem entre os integrantes do MP é aguardar o próximo passo do presidente da Câmara.

Enquanto isso, as entidades que representam a classe devem se reunir com o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, para pedir celeridade na apresentação de uma proposta de código de ética.

Como presidente do CNMP, cabe a Aras apresentar o texto. O objetivo de apresentar com rapidez a proposta é se antecipar a Lira e esvaziar o discurso de que o MP não é fiscalizado e e seus integrantes não seguem qualquer código de conduta.