SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A boa aprovação de Romeu Zema (Novo) e os bons números de Lula (PT) nas pesquisas têm alimentado um movimento de integrantes do governo mineiro para apoiar o petista na disputa presidencial e criar o voto casado em Minas Gerais.

Essa movimentação também tem sido fortalecida com a atitude do próprio governador, que deve apoiar oficialmente o candidato do seu partido, Felipe d’Ávila, mas também tem interesse nos votos dos eleitores do ex-presidente.

O argumento de integrantes do governo Zema que defendem esse movimento é que o governador pode se beneficiar ao se aproximar de Lula e sua boa aprovação, e também se afastar da rejeição de Bolsonaro. Já Lula, conseguiria angariar votos da centro-direita e expandir o eleitorado no segundo maior colégio eleitoral do país.

O voto casado e a consequente aproximação são vistos como possíveis por integrantes do governo mineiro até mesmo no cenário em que o PT negocia um possível palanque para Lula com o apoio do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Para eles, Kalil não será um defensor aguerrido do petista e, portanto, não poderá cobrar fidelidade.