BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Um dos principais museus de arte contemporânea a céu aberto do mundo, o Instituto Inhotim foi reaberto nesta sexta-feira (7), depois de quase dois meses fechado por causa da pandemia do novo coronavírus.

Esta foi a terceira vez que o espaço, que fica em Brumadinho, a uma hora de Belo Horizonte, teve o funcionamento suspenso desde as primeiras medidas adotadas pelas autoridades de saúde para conter a disseminação da Covid. O museu, um dos principais pontos turísticos de Minas Gerais, estava sem visitantes desde 12 de março de 2021.

A primeira e mais longa paralisação começou em 18 de março do ano passado e terminou em 7 de novembro. A outra suspensão de visitação ocorreu em 7 de janeiro de 2021, com reabertura em 5 de fevereiro.

Desde 2018, o Inhotim vem enfrentando graves problemas para manter o fluxo de visitantes. Naquele ano, uma epidemia de febre amarela reduziu o número de turistas. Em 2019, o museu ficou duas semanas fechado, exatamente no período de férias, entre janeiro e fevereiro, depois do rompimento da barragem da Vale no município, que matou 270 pessoas. O Instituto Cultural Vale, criado pela mineradora, é uma dos patrocinadores do Inhotim.

A retomada do funcionamento do Inhotim acontece apenas de sexta a domingo e em feriados. A expectativa nesse primeiro final de semana é que 800 pessoas visitem o museu, conforme projeção do diretor-presidente do instituto, Antonio Grassi.

"Mais do que quantidade de público, o que mais nos deixa satisfeitos com essa reabertura é perceber o quanto as pessoas estavam precisando de um ambiente como o Inhotim neste momento. É muito bom voltar a proporcionar às pessoas o contato com a arte, a botânica, a natureza e a arquitetura", diz Grassi.

A reabertura do Inhotim ocorre com restrições. O número máximo de visitantes por dia foi fixado em 500. Galerias tiveram o número de acessos conjunto de pessoas reduzido, com o objetivo de facilitar o distanciamento social. Totens com álcool em gel foram instalados nas entradas dos pavilhões e galerias.

"Percebemos os visitantes seguindo as regras de segurança com muito bom grado e, mesmo com as máscaras, com sensação de liberdade", relata o diretor-presidente do Inhotim.

Os protocolos de segurança para o retorno do Inhotim foram estabelecidos por uma consultoria especializada em infectologia e são os mesmos dos aplicados nas reaberturas de novembro do ano passado e fevereiro de 2021. O Inhotim afirma que os protocolos nas retomadas anteriores foram bem-sucedidas.

O museu tem 140 hectares de área para visitação, além de outros 250 hectares de reservas ambientais. Ele conta com mais de 4.300 espécies vegetais nativas do Brasil e de outras partes do mundo.

Os ingressos devem ser adquiridos antecipadamente pelo sistema online Sympla. A entrada custa R$ 44 e a meia —que vale para crianças de seis a 12 anos, idosos, deficientes com um acompanhante, estudantes e professores formais das redes pública e privada de ensino—, R$ 22. Na última sexta-feira de cada mês, exceto nos feriados, a entrada é gratuita.