SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Ao lado do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o ministro da Economia, Paulo Guedes, agradeceu nesta quinta-feira (10) o Senado pela aprovação de projetos que buscam conter a alta dos combustíveis, em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia. Mais cedo, a Petrobras anunciou reajuste nos preços de até 25% da gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha. O aumento vale para as distribuidoras e entra em vigor a partir desta sexta-feira (11).

Um dos projetos aprovados foca na criação de um ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) único sobre os combustíveis, uma alternativa à cobrança atual adotada por estados. Outro propõe criar um fundo para estabilizar os preços da gasolina, do diesel e do gás. As duas propostas devem ir agora para votação da Câmara dos Deputados.

Para Guedes, os projetos irão atenuar o impacto do aumento repassado pela Petrobras aos consumidores e, segundo ele, "o primeiro choque foi absorvido".

"Queremos agradecer ao Senado pelo excelente trabalho. Há uma guerra do outro lado do mundo e, quando esse impacto chega ao Brasil, há esse aumento", disse Guedes, durante entrevista coletiva.

"Em vez de passar todos esses custos da guerra do petróleo aos nossos consumidores, o que nós fizemos foi justamente uma iniciativa do presidente Bolsonaro para compartilhar esse custos. Então, o governo federal vai reduzir o imposto... ou seja, foi até uma feliz coincidência, né?", acrescentou.

O repasse para o consumidor final, afetando diretamente os preços das bombas e do botijão de gás, ainda não está definido se e quando irá ocorrer, porque depende de cada revendedor.

Nas distribuidoras, o preço médio da gasolina passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro, um aumento de 18,77%. Para o diesel, o valor irá de R$ 3,61 a R$ 4,51, alta de 24,9%. O gás de cozinha passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16%. A última alteração no preço dos combustíveis foi há quase dois meses, em 11 de janeiro. Já o GLP foi reajustado em outubro do ano passado, há 152 dias.

Com isso, a Petrobras chega ao seu 13º aumento desde janeiro de 2021, quando teve a escalada de preços de combustíveis no Brasil, segundo levantamento realizado pelo Observatório Social da Petrobras, organização ligada à FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo. No caso do diesel foram 11 aumentos no período.

Horas após o anúncio do novo aumento, o plenário do Senado aprovou dois projetos que buscam conter a alta dos combustíveis em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia. Os dois textos seguem agora para análise na Câmara.

Um dos projetos aprovados foca na criação de um ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) único sobre os combustíveis, uma alternativa à cobrança atual adotada por estados. Outro propõe criar um fundo para estabilizar os preços da gasolina, do diesel e do gás.

A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Fertilizantes) calcula que, com o aumento, a gasolina nos postos de abastecimento deve subir para média de R$ 7,02 o litro no País, contra a média atual de R$ 6,57 por litro. Já o diesel vai subir para uma média de R$ 6,48 o litro, contra a média atual de R$ 5,60 o litro.

Os cálculos levam em conta o Levantamento de Preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).