SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo de São Paulo, sob gestão João Doria (PSDB), antecipou em 15 dias todo o cronograma de vacinação contra Covid-19 no estado.

Com isso, pessoas entre 55 e 59 poderão receber o imunizante contra a Covid-19 a partir de 16 de junho —o início estava previsto para 1º de julho.

Além disso, nessa quinta-feira (10) será iniciada a vacinação de pessoas com deficiência permanente de 18 a 59 anos, independentemente de serem ou não beneficiárias do BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Também vai começar nesta quinta, em todo o estado, a imunização de grávidas e puérperas maiores de 18 anos e sem comorbidades —na capital, a vacinação deste grupo já começou na segunda-feira (7). Serão utilizadas doses da Coronavac e da Pfizer, já que o uso da vacina da AstraZeneca está suspenso para grávidas no Brasil.

O governador anunciou ainda que a vacinação contra Covid-19 para profissionais da educação básica entre 18 e 44 anos, do ensino público e privado, será antecipada para esta sexta-feira (11). No cronograma inicial a imunização desse grupo estava prevista para começar em 21 de julho. O governo estima que nesta fase sejam vacinados 363 mil profissionais.

As novas datas são baseadas nas perspectivas de entregas de vacina do Ministério da Saúde. Ou seja, para que o cronograma estadual seja cumprido, o governo federal terá que entregar ao estado as próximas remessas dos imunizantes dentro do prazo estipulado.

Isso depende, porém, da chegada de insumos da China para a fabricação das vacinas em solo nacional. A falta de IFA (ingrediente farmaceutico ativo) chegou a paralisar a produção das vacinas da Oxford/Astranezeca e da Coronavac.

Devido à falta de matéria-prima, o governo federal reduziu a previsão de doses a serem entregues em junho. O total de doses a ser distribuída pelo Ministério da Saúde passou de de 52,2 milhões para 43,8 milhões e, mais recentemente, para 39,9 milhões.

O governador também prorrogou em 15 dias a fase de emergencial no estado, seguindo orientações do Centro de Contingência do Covid-19. O novo término está previsto para 30 de junho.

Nesta etapa, estabelecimentos podem funcionar das 6h às 21h. A lotação permitida é de 40% da capacidade máxima e há toque de recolher das 21h às 5h. Celebrações religiosas continuam autorizadas.

“O Centro de Contigência vê com preocupação o momento que nós estamos enfrentando da pandemia, com manutenção de casos, uma elevação ainda que numa velocidade pequena no número de internações hospitalares, internações em leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e, por isso, recomendou a manutenção dessa fase de transição por mais duas semanas”, disse João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19.

Segundo Gabbardo, o centro de contingência recomendou ao governo a redução do horário de funcionamento de comércios e outros estabelecimentos em algumas regiões do estado. Por isso, o governo paulista encaminhará uma recomendação aos municípios que têm ocupação acima de 90% dos leitos de UTI para que endureçam as medidas de restrição.

Regiane de Paula, coordenadora do plano estadual de imunização, também anunciou o lançamento do Dia da Esperança, um novo recurso disponibilizado na plataforma online VaciVida, que permite acessar o cronograma de vacinação de São Paulo e aponta quantos dias faltam para iniciar o processo de imunização de cada grupo.

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VEJA QUEM JÁ PODE SE VACINAR EM SÃO PAULO E AS PRÓXIMAS DATAS:

- Pessoas com deficiência permanente de 18 a 59 anos, independentemente de serem ou não beneficiárias do BPC: a partir de 10 de junho;

- Grávidas e puérperas maiores de 18 anos e sem comorbidades: a partir de 10 de junho;

- Profissionais da educação entre 18 e 44 anos do ensino público e privado: a partir de 11 de junho;

- Pessoas entre 55 e 59 anos: a partir de 16 de junho​.

Quem já pode se vacinar:

- Pessoas com mais de 60 anos;

- Pessoas com comorbidades ou deficiência permanente (BPC) (acima de 18 anos);

- Grávidas e puérperas com comorbidades (acima de 18 anos);

- Metroviários e ferroviários (operadores de trem de todas as idades; outros trabalhadores com 47 anos ou mais);

- Motoristas e cobradores de ônibus;

- Trabalhadores portuários e aeroportuários, aeroviários e aeronautas;

- Profissionais da saúde autônomos (a partir de 30 anos);

- Transplantados imunossuprimidos, pacientes renais em diálise e pessoas com síndrome de Down (18 a 59 anos);

- Profissionais da educação (a partir de 45 anos);

- Profissionais de segurança pública e administração penitenciária;

- Trabalhadores da saúde que atuam na linha da frente da Covid-19, indígenas e quilombolas.