SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Celso Athayde, fundador da Cufa (Central Única das Favelas), foi escolhido nesta terça-feira (18) Empreendedor Social do Ano pela Fundação Schwab para integrar a comunidade de inovadores ligada ao Fórum Econômico Mundial.

A nomeação de Athayde já havia sido divulgada em outubro, mas a cerimônia oficial ocorreu na manhã desta terça, de forma virtual, diretamente de Davos, na Suíça, onde está sendo realizado o Fórum. Outros 14 empreendedores sociais de outros países também foram nomeados.

Athayde foi reconhecido pelo trabalho de 24 anos à frente da Cufa e pelo Favela Holding, grupo de 23 empresas criado em 2015 que tem o objetivo de desenvolver novos negócios e gerar empregos para os moradores das comunidades.

Ele também esteve à frente do Mães da Favela, projeto que mitigou os efeitos da crise da pandemia em 5.000 comunidades do país.

Athayde foi selecionado entre os líderes das 30 iniciativas finalistas do Prêmio Empreendedor Social em Resposta à Covid-19 no Brasil, realizado pelo jornal Folha de S.Paulo em parceria com a Schwab, em 2020.

"Fico feliz demais quando o trabalho que fazemos é reconhecido. Lembro que insistimos com o nome favela há mais de 20 anos. Lembro que fomos os primeiros a criar negócios estruturados em favelas. [..] Fico feliz em ver muitos seguindo nossos passos. Foi para isso que construímos essa estrada, para vocês passarem em segurança. Esse prêmio só mostra o quanto estamos no caminho certo", escreveu Athayde em seu perfil no Instagram.

Ele é 28º brasileiro a integrar o rol internacional de empreendedores sociais e o primeiro negro do país a ser reconhecido pela Schwab.

Em 2020, Adriana Barbosa, vencedora do Troféu Grão de 2019, foi a primeira negra a figurar entre os brasileiros que fazem parte da Rede Schwab, indicada pela Folha de S.Paulo como uma das premiações do maior concurso de empreendedorismo social da América Latina.