SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ONU informou que tropas russas soltaram neste domingo (20) a maior parte dos profissionais da equipe técnica de Tchernóbil que estavam presos no complexo nuclear desde que a Rússia tomou as instalações, no dia 24 de fevereiro. Durante esses 23 dias, eles foram os únicos responsáveis por operar o local, o que despertou preocupações da Agência Internacional de Energia Atômica.

O órgão vinha dizendo que os funcionários de plantão estavam exaustos e trabalhando sob extrema pressão, o que representava um risco crescente para a segurança do complexo. Logo após a tomada do local pelos russos, o governo ucraniano chegou a informar que registrara um aumento no nível de radiação da usina, o que foi normalizado posteriormente.

"A autoridade reguladora da Ucrânia disse que cerca de metade [...] da equipe técnica deixou o local do acidente de 1986 ontem [domingo] e o restante seguiu hoje [segunda, 21], com exceção de 13 funcionários que se recusaram a fazer rodízio", informou a agência em comunicado nesta segunda.

Na semana passada, a agência informou que havia 211 técnicos e guardas ucranianos no local, sem detalhar quantos profissionais eram de cada área. No comunicado desta segunda, porém, a ONU informou que a maioria dos guardas não foi solta pelos russos.

A equipe técnica de saída foi substituída por colegas ucranianos que, como eles, estão baseados na cidade vizinha de Slavutich. Ainda segundo o órgão, autoridades russas aceitaram um acordo sobre como organizar a escala dos funcionários.