SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um funcionário da concessionária ViaMobilidade, um dos braços da CCR, morreu na madrugada desta quinta-feira (10), por volta das 2h50, em acidente durante atividade de manutenção de rotina na linha 9-esmeralda de trens, em São Paulo. Detalhes do acidente não foram informados.

Segundo a concessionária, o funcionário estava em uma sala técnica na região da estação Pinheiros. "A concessionária apura os detalhes do ocorrido e presta todo o apoio à família do colaborador", disse, em nota, a ViaMobilidade.

O acidente não afetou a operação e os trens circulam normalmente na manhã desta quinta.

No dia 4, os trens da linha 9-esmeralda circularam com velocidade reduzida e maior tempo de parada nas estações. Segundo a concessionária, o problema se deu por causa de falha no sistema de alimentação elétrica nas proximidades da estação Berrini.

A circulação foi prejudicada por volta das 9h40 e normalizada às 15h30. O problema foi provocado por falta de energia. Um trem não conseguiu chegar à plataforma e os passageiros tiveram que desembarcar na via, com apoio de colaboradores da ViaMobilidade, segundo a concessionária.

A ViaMobilidade assumiu as linhas 9-esmeralda e 8-diamante no dia 27 de janeiro. Desde então, ocorreram ao menos duas grandes paralisações que levaram, inclusive, ao acionamento do Paese, quando passageiros são obrigados a embarcar em ônibus lotados para chegar até o destino. Uma delas aconteceu no dia 2, após um princípio de incêndio.

Pouco mais de um mês após a concessão, reportagem da Folha mostrou que estações e a operação das linhas administradas pela ViaMobilidade seguem com problemas. Alguns, estruturais, herdados da CPTM e, outros, de manutenção.

A concessionária afirmou que, desde a assinatura do contrato de concessão, em 30 de junho, fez reuniões de consultoria, transferência de funções e treinamentos de equipes para a "realização do melhor processo de incorporação das linhas".

A ViaMobilidade venceu o leilão de concessão das linhas 8 e 9 em abril do ano passado, com uma oferta de R$ 980 milhões por 30 anos. A empresa opera também as linhas 4-amarela e 5-lilás, de metrô.