Fumio Kishida vence disputa por liderança do partido que controla parlamento do Japão
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quarta-feira, 29 de setembro de 2021
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-chanceler japonês Fumio Kishida venceu o segundo turno das eleições para a liderança de seu partido, que controla o parlamento do país, e que define o cargo de primeiro-ministro do Japão. Kishida obteve 257 votos, enquanto seu rival, Taro Kono, conseguiu apenas 170.
O novo líder será o provável indicado para substituir Yoshihide Suga, premiê cuja popularidade abalada inviabilizou na disputa para se manter na liderança do Partido Liberal Democrático (LDP). Suga ocupou o cargo de primeiro-ministro por menos de um ano após suceder Shinzo Abe.
As ex-ministras de Assuntos Internos Sanae Takaichi e Seiko Noda, que também participaram da disputa, foram eliminadas no primeiro turno.
Kishida deve dissolver o parlamento, cujo atual mantado se encerra dia 21 de outubro, e convocar eleições antecipadas. A prática é vista como um teste da popularidade de novos ministros e de sua base de apoio. As projeções mais recentes sugerem que a legenda deve manter a liderança, mas pode perder a maioria absoluta na Câmara, o que enfraqueceria o governo.
CONHEÇA FUMIO KISHIDA
Ex-chanceler e deputado de Hiroshima, era considerado o provável herdeiro de Shinzo Abe, mas ficou em segundo lugar na votação interna pela liderança do partido, em grande parte devido à sua baixa classificação em pesquisas eleitorais.
Regionalmente, considera uma opção viável a aquisição capacidade bélica para atacar bases inimigas, uma vez que a Coreia do Norte vem aumentando a pressão com seu programa nuclear. Também apoia uma resolução parlamentar para condenar os abusos cometidos pela China contra a minoria uigur em Xinjiang -o que Pequim nega- e pede que um assessor seja nomeado para monitorar a situação na região.
O primeiro-ministro vê a energia nuclear no Japão como uma opção importante para garantir um fornecimento estável e acessível, enquanto o país se esforça para alcançar o objetivo de neutralizar as emissões de carbono até 2050.
Para melhorar a resposta à Covid-19, Kishida pede o estabelecimento de uma nova agência governamental para supervisionar a gestão da crise sanitária e apoiar o desenvolvimento nacional de vacinas e medicamentos contra o coronavírus.