SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O mês de fevereiro chegou ao fim com 129,3 mil veículos leves e pesados emplacados, o que significa mais um resultado ruim para o setor automotivo. As vendas de veículos leves e pesados caíram 22,8% na comparação com o mesmo mês de 2021. Os dados prévios são baseados no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores).

Em relação a janeiro, houve alta de 2,2% na comercialização, o que mostra uma tendência preocupante de estabilidade.

A média diária de emplacamentos no primeiro bimestre ficou em 6.239 unidades. No mesmo período de 2020, foram registrados 9.861 veículos por dia. Foram os últimos meses antes de a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarar que o mundo vivia a pandemia de Covid-19.

As montadoras ainda têm unidades produzidas em 2021 nas lojas, e alguns desses carros precisam ser vendidos ainda no primeiro semestre, por não estarem adequados à fase 7 do Proconve (Programa de Controle de Emissões Veiculares).

Os impactos da variante ômicron do coronavírus no comércio, a alta na taxa básica de juros e os aumentos acumulados dos veículos estão entre as causas dos emplacamentos abaixo das expectativas.

Na próxima terça (8), a Anfavea (associação das montadoras) irá divulgar os dados de produção neste início de ano e fazer um balanço sobre os possíveis impactos da guerra na Ucrânia na indústria automotiva nacional.

A redução de 25% sobre a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) também será um dos temas abordados pela entidade. Na prática, contudo, os repasses aos preços de tabela dos carros devem ser pequenos, se ocorrerem.