<p>SÃO PAULO, SP, SALVADOR, BA, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Mais da metade das capitais do país está com falta de Coronavac para aplicar em quem precisa da segunda dose da vacina contra a Covid-19.

</p><p>Levantamento feito pela Folha neste domingo (2) mostra que ao menos nove suspenderam a aplicação do imunizante produzido pelo Instituto Butantã: Aracaju, Belo Horizonte, Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Porto Velho, Recife e Rio de Janeiro.

</p><p>Outras sete têm disponibilidade restrita do imunizante: Boa Vista, Curitiba, João Pessoa, Macapá, Maceió, Natal e Salvador.

</p><p>A reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura de Palmas. A de Vitória informou ter recebido 250 doses de Coronavac para segunda aplicação, mas não disse se o número é suficiente. As demais afirmam estar com o fornecimento normal.

</p><p>A falta de imunizante ocorre há mais de uma semana, após o governo Jair Bolsonaro liberar, em março, estados e municípios de reservar imunizantes para quem precisasse da segunda dose.

</p><p>Agora, porém, a recomendação é que, nos locais onde não há disponibilidade do imunizante, a população tome a segunda dose mesmo fora do prazo, que originalmente seria de 28 dias.

</p><p>A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou neste sábado (1o) a suspensão por dez dias da aplicação da segunda dose da Coronavac.

</p><p>“A cidade do Rio manteve a vacinação com a reserva técnica até o momento, porém o estoque se esgotou, como já havia acontecido em outros municípios e estados do Brasil”, informou o município em nota.

</p><p>“Pelo cronograma do Ministério da Saúde, não haverá reposição da Coronavac em quantidade suficiente antes do prazo informado.”

</p><p>Na capital paulista, a prefeitura informa que não há restrição de doses do imunizante no município, mas que eventualmente pode haver falta pontual em alguma unidade devido à alta demanda. Nesse caso, o munícipe é encaminhado a outra unidade.

</p><p>No Nordeste, apenas São Luís e Teresina estão com fornecimento normal.

</p><p>No Recife, por exemplo, a imunização com o produto do Instituto Butantã só será retomada, de forma escalonada, a partir de 10 de maio.

</p><p>Maceió é uma das cidades da região que ainda tem doses, mas em quantidade insuficiente. Foram vacinadas neste domingo, com atraso, pessoas com retorno previsto para 26 de abril.

</p><p>Em Salvador, a prefeitura decidiu não aplicar todas as vacinas da Coronavac e manteve em estoque o suficiente para garantir 12 dias de segundas doses.

</p><p>Contudo, a cidade já não recebe novas doses há 17 dias e já há atraso no cronograma. Neste domingo (2), foram vacinadas as pessoas que deveriam ter sido vacinadas nos dias 29 e 30 de abril.

</p><p>"Salvador está tendo que escalonar a aplicação das segundas doses e em breve vai ter que suspender graças à falta de planejamento do governo federal", afirma os secretário municipal de Saúde, Leonardo Prates.

</p><p>A previsão é de que a aplicação das segundas doses da Coronavac seja suspensa até quarta-feira (5) na capital baiana.

</p><p>Na sexta-feira (30), o Instituto Butantan informou que entregou antecipadamente um lote antecipado de 600 mil doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. A previsão inicial era que as doses seriam entregues a partir desta segunda-feira (3).</p>