SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um homem que se passava por policial civil foi preso após aplicar um golpe em uma pessoa que pretendia adquirir um aparelho celular. A detenção ocorreu na zona leste da capital paulista, na quarta-feira (13).

A investigação teve início quando a vítima chegou ao Palácio da Polícia, na rua Brigadeiro Tobias, na Luz (região central da capital paulista), à procura de um policial o qual seria o responsável por entregar um celular que ela havia adquirido.

Já no local, a vítima explicou que, no ato da venda, o homem teria dito ser policial civil e também teria mostrado uma carteira funcional e uma arma.

Sem desconfiar de se tratar de um golpe, o denunciante informou ter efetuado um Pix no valor de R$ 4.500 para adquirir o telefone. Logo após concluir o pagamento, o homem orientou a vítima a seguir até a sede da Polícia Civil e procurar por ele, o qual se identificou como Neto.

É no Palácio da Polícia Civil, por exemplo, que estão localizadas diversas unidades da instituição, inclusive delegacias contra roubos eletrônicos e homicídios. Ali mesmo no prédio, a vítima foi direcionada para a 1ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Liberdade Pessoal, unidade atrelada ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Após contar a história, policiais da especializada passaram a investigar o caso, até conseguir identificar o suspeito, quando foi constatado que ele não era policial.

Assim que autorizados pela Justiça, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no endereço do golpista.

Lá, segundo a Polícia Civil, no momento da abordagem, o suspeito pelo golpe se identificou como "colega' aos policiais, indicando onde estaria a carteira funcional. Um distintivo semelhante ao usado pela corporação também foi apreendido.

Na casa do homem também foram apreendidas duas armas falsas, uma réplica de fuzil e outra de pistola, além de quatro celulares, um notebook, dois cartões bancários e duas carteiras de identidade.

Durante a prisão em flagrante, de acordo com a polícia, também foi verificado que o IMEI (espécie de identidade do celular) de um dos aparelhos apreendidos, apresentava registro de roubo.

O falso policial deve responder pelos crimes de uso de documento falso, uso ilegítimo de distintivo, falsificação de documento público e receptação.