SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A resistência do mercado de luxo à crise segue forte na indústria de iates.

No Grupo Azimut-Benetti, o balanço do último ano náutico, que mostra os números de agosto de 2020 ao mesmo mês de 2021, a fábrica brasileira registrou seu faturamento recorde em uma década. Ficou em torno de R$ 300 milhões, segundo a empresa.

É alto se comparado ao total de vendas desde 2010, quando foi instalada a filial brasileira, que fica casa de R$ 1,2 bilhão com embarcações feitas no país. A entrega de um barco do tipo pode levar até dois anos, a depender da fila de demanda, que cresceu desde o início da pandemia com novos compradores e clientes antigos em busca de modelos maiores e mais tecnológicos.

O interesse é forte nos iates de grande porte, como o Azimut 27 Metri, o maior modelo produzido no Brasil, com fibra de carbono, que custa cerca de US$ 10 milhões e já teve oito unidades vendidas para clientes brasileiros em pouco mais de dois anos.

Já o Atlantis 51, considerado o modelo de entrada da marca italiana, com design mais esportivo e velocidade maior, que começa a ser produzido no Brasil, vai dobrar a produção total do estaleiro aqui nos próximos três para atender o aumento da demanda local e da exportação para 80 países. A empresa diz que elevar de 400 para 600 o número de funcionários.