SÃO PAULO, SP (FOLHAPRES) - O festival Eurovision mudou sua posição em relação à participação da Rússia na 66ª edição do evento, marcada para acontecer em Turim, na Itália. A princípio, a União Europeia de Radiodifusão (EBU, em inglês) havia dito que manteria a participação de artistas russos, apesar dos ataques do país à Ucrânia, mas acabou voltando atrás na decisão, após pressão nas redes sociais.

"A União Europeia de Radiodifusão anuncia que nenhum artista russo vai participar da edição deste ano do Eurovision", disse a entidade em comunicado. A decisão foi tomada após uma recomendação do conselho executivo da EDU, recebida nesta sexta (25), "com base nas regras do evento e nos valores da EBU".

O texto, divulgado nas redes sociais, ainda destaca que a decisão "reflete a preocupação de que, à luz da crise sem precedentes na Ucrânia, a inclusão da Rússia no festival deste ano traria descrédito à competição". A mudança de posição teve o apoio do Comitê de Televisão da EBU.

Antes de vetar a participação de artistas russos, a EBU havia dito que se trata de "um evento cultural, não político, que une nações e celebra a diversidade através da música", e por isso manteria a Rússia no evento. A mudança de posição veio também depois que duas ucranianas vencedoras do concurso se posicionaram sobre os ataques russos no país.

Ruslana, primeira ucraniana a ganhar uma edição do Eurovision, em 2004, pediu paz e tranquilidade para seu país. "Tenho certeza de que o mundo estará unido pela Ucrânia", ela escreveu no Instagram. Já Jamala, que ganhou o festival em 2016, pediu que "pare a agressão russa".