SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos oferecem uma recompensa de US$ 5 milhões (ou R$ 23,7 milhões na cotação atual) para quem fornecer informações sobre pessoas que receberam propinas da Odebrecht e da Braskem.

No ano passado, o ex-presidente da Braskem José Carlos Grubisich se declarou culpado de acusações nos Estados Unidos de um esquema de corrupção que movimentou US$ 250 milhões em propinas para garantir negócios que interessavam à Petrobras.

A Braskem é o braço petroquímico da Odebrecht (atualmente rebatizada de Novonor) e tem a estatal brasileira entre as suas controladoras. O processo é fruto de um acordo de leniência fechado pela Odebrecht e pela Braskem com autoridades brasileiras e americanas no âmbito da Operação Lava Jato.

Em outubro, Grubisich foi condenado a 20 meses de prisão nos Estados Unidos.

Procurada pela reportagem, na ocasião, a Braskem informou por meio de nota que "colaborou e forneceu informações às autoridades competentes como parte do acordo global" relacionadas à Operação Lava Jato e afirmou que a companhia "acompanhará as declarações e tomará as eventuais medidas cabíveis".

Além disso, a empresa disse ter reforçado seu sistema de conformidade, "o que foi reconhecido pelo Ministério Público Federal brasileiro e pelo Departamento de Justiça dos EUA".

Também por nota, a Odebrecht afirma que "não é objeto da ação do tesouro dos Estados Unidos".

"O comunicado é destinado aos residentes e nativos americanos que tenham informações vinculadas aos casos mencionados. Não há qualquer pendência da Odebrecht no que diz respeito ao cumprimento do acordo de leniência assinado em 2016 com o país. Inclusive, é importante ressaltar que o grupo e suas empresas controladas receberam o aval em 2020 dos monitores externos indicados pelo Departamento de Justiça Americano (DOJ), que certificaram a eficácia do sistema de governança implementado e concluíram o monitoramento", acrescenta a empresa.