SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Os Estados Unidos anunciaram neste sábado (19) o envio de R$ 520 mil para Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, em razão das fortes chuvas que deixaram ao menos 138 mortos na cidade.

A doação será realizada através da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) sob administração da ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais). Os recursos serão destinados à distribuição de kits de higiene pessoal e limpeza, e itens de segurança alimentar aos desabrigados.

Douglas Koneff, responsável de Negócios da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, afirmou que a parceria reflete o desejo de cooperação entre ambos os países em momentos delicados.

"Uma das características que define a parceria Brasil é o nosso desejo de apoiar um ao outro em momentos difíceis. É desolador para todos nós ver essa tragédia tomar conta da cidade de Petrópolis. Prestamos nossos sentimentos de pesar e solidariedade às famílias das vítimas e desabrigados", declarou Koneff.

Segundo Ted Gehr, diretor da USAID no Brasil, a agência se coloca à disposição para ajudar às famílias de Petrópolis.

"A USAID se une aos esforços para ajudar na recuperação dos danos causados às famílias da Região Serrana do Rio de Janeiro, estamos à disposição para ajudá-las a reconstruir suas vidas", disse Gehr.

"O governo dos EUA mantém uma relação de colaboração histórica com o estado do Rio de Janeiro. Exemplo disso é o Memorando de Entendimento assinado, em 14 de dezembro de 2021, entre o Estado e a Embaixada e Consulados dos EUA para expandir a cooperação mútua em diversas áreas econômicas e sociais', finaliza a nota da Embaixada dos EUA no Brasil.

A resposta dos EUA ao Brasil ocorre apenas um dia depois de Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, afirmar que o Brasil "parece estar do outro lado de onde está a maioria da comunidade global".

A fala de Psaki ocorreu após ela ser questionada sobre o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia, em meio à tensão do país liderado por Vladimir Putin com a Ucrânia. Hoje, o Ministério das Relações Exteriores rebateu a declaração da porta-voz.