SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Relator do projeto de lei das fake news na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (PC do B-SP) diz que a existência de um escritório de advocacia que responde pelo Telegram no Rio de Janeiro, revelada pela Folha de S.Paulo, não necessariamente resolve o problema da falta de representação do aplicativo no país.

Segundo ele, a representação precisa ser ampla, e não apenas referente a um determinado aspecto.

"A representação para fins comerciais, como parece ser o caso, é algo muito restrito. O padrão do Telegram no mundo todo é não ter ninguém com poderes plenos para falar em nome da plataforma", diz Orlando.

Conforme mostrou a Folha de S.Paulo, o escritório Araripe & Associados advoga para a empresa russa em questões relacionadas a registro de marcas.

A forma de lidar com o Telegram se tornou um dos pontos mais polêmicos do projeto sobre fake news. A ideia é exigir que a empresa tenha algum representante legal no Brasil, caso contrário poderá ser alvo de sanções, começando em advertência e chegando até ao banimento.

No entanto, bolsonaristas, que têm forte presença no aplicativo, resistem a medidas mais duras contra a plataforma.