SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As empresas de ônibus com contratos de transporte público nas principais cidades cobram ajuda financeira federal e municipal para cobrir o rombo causado pela pandemia e o preço dos combustíveis e evitar reajuste nas tarifas.

Levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) mostra que 35 cidades aumentaram os valores da tarifa desde dezembro. Entre elas, 11 de médio porte e 4 de grande porte. A única capital até o momento foi Boa Vista (RR).

Otávio Cunha Filho, presidente da NTU, alerta que a tendência é piorar muito a qualidade do serviço ofertado com o início das negociações salariais dos funcionários do setor, que devem se encerrar até maio.

No âmbito federal, as empresas defendem a aprovação do marco legal para o setor e apostam no projeto em debate no Congresso sobre custeio do transporte para idosos.

"O setor não tem como ficar bancando mais, ele desempenhou o papel do ente público se endividando para o serviço em atividade na pandemia. Isso foi compulsório, não foi combinado, foi imposto", disse Cunha Filho.

O valor estimado pela NTU é de R$ 22 bilhões no prejuízo acumulado desde o início da pandemia.