SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Única empresa a participar de um leilão em que foram privatizadas as gestões dos parques estaduais da Cantareira e do Horto Florestal, ambos na cidade de São Paulo, a Construcap saiu vencedora na licitação pagando um valor de R$ 850 mil de outorga.

O contrato dará à companhia o direito de exploração comercial desses patrimônios ambientais por 30 anos. O valor ofertado ficou próximo ao lance mínimo do leilão, que era de R$ 820 mil.

A empresa é a mesma a conquistar a concessão para administrar o parque do Ibirapuera, que é municipal, por meio de uma de suas marcas, a Urbia Gestão de Parques.

A título de comparação, pela administração do Ibirapuera e de mais cinco parques n capital, a empresa pagou um valor de outorga de R$ 70,5 milhões ao município.

Segundo o governador João Doria (PSDB), no caso da Cantareira e do Horto, a "outorga não foi de valor baixo". O tucano afirmou que, por contrato, a empresa assume o compromisso de fazer investimentos de R$ 50 milhões nos dois parques, sendo que os R$ 25 milhões iniciais devem ser desembolsados nos primeiros seis anos de gestão.

A concessão não permite que a Construcap cobre ingressos para acesso ao Horto Florestal, mas permite a prática no Cantareira --o governo estadual atualmente já cobra R$ 14 de entrada no parque.

Em ambas as reservas, serão permitidas a exploração comercial de comidas e bebidas, bem como a venda de espaços para exibição de marcas. No Ibirapuera, a Urbia chegou a dar exclusividade de vendas de bebidas à Ambev, o que, segundo Doria, respeita as cláusulas do contrato das concessões.

Segundo o governador, nesses próximos 30 anos, caberá ao estado e aos próprios usuários dos parques cobrar e fiscalizar a empresa pelos serviços e pela manutenção da flora, da fauna e das instalações.

Os próximos leilões já programados do governo estadual devem incluir os parque da Água Branca e do Villa-Lobos, ambos na capital.