SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) foi convidado pelo governador João Doria (PSDB) a voltar ao seu cargo de presidente na Investe SP, do qual pediu demissão após ação da Polícia Federal em sua casa no âmbito da Operação Lava Jato. O chamado ocorreu por ocasião do recente arquivamento do inquérito por falta de provas.

O ex-chanceler, no entanto, disse estar bem como diretor-presidente da SP Negócios, agência municipal de investimentos da capital, e recusou o convite.

Nunes foi acusado de ter recebido um cartão de crédito de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, apontado como operador do PSDB e que teria negociado propinas da construtora Odebrecht. Sua casa foi alvo de operação de busca e apreensão em 2019.

O ex-chanceler então pediu demissão da gestão estadual, alegando que gostaria de poupar Doria da repercussão negativa.

O Ministério Público Federal pediu o arquivamento do processo e disse que o cartão de crédito em questão não estava com Nunes e que, portanto, não haveria como ele ter se beneficiado de recarga feita por Paulo Preto. O juiz federal Diego Paes Moreira acolheu a solicitação.