SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Bolsas das principais economias globais davam fortes sinais de recuperação nesta sexta-feira (25). O pacote de sanções relativamente brandas à Rússia anunciado na véspera pelo presidente americano Joe Biden trouxe alívio a investidores.

Biden bloqueou negócios das maiores empresas russas nos bancos dos EUA, mas permitiu a manutenção de negócios relativos a energia, como a exploração e produção de combustíveis e alimentos.

A escassez de combustíveis que poderia ser provocada por limitações a esse segmento poderia resultar em uma aceleração ainda maior da inflação global, obrigando o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) a acelerar ainda mais a alta dos juros americanos.

Outro ponto avaliado como positivo pelo mercado foi a sinalização do Kremlin que, após cercar a capital ucraniana Kiev, abriu as portas para uma negociação de paz. Segundo o porta-voz Dmitri Peskov, o presidente russo Vladimir Putin aceita enviar uma delegação a Minsk (Belarus) para discutir "a neutralidade da Ucrânia" com uma missão do presidente Volodimir Zelenski.

Após um dia de fortes baixas, os mercados de ações europeus operavam em alta às 11h35 desta sexta. Londres, Paris e Frankfurt subiam 3,03%, 2,92% e 2,80%, respectivamente. A Europa acompanhava a virada positiva do mercado dos Estados Unidos na véspera, que entrou no azul após o discurso de Biden.

Em Nova York, o índice de referência S&P 500 abria em alta de 0,59%, impulsionado principalmente pelos ganhos das grandes empresas acompanhadas pelo indicador Dow Jones, que subia 0,61%.

O Brasil ainda sentia nesta manhã os efeitos da aversão ao risco. A Bolsa de Valores caía 0,53%, a 110.997 pontos. O dólar subia 0,68%, a R$ 5,1410.

No mercado internacional de petróleo, o barril do Brent caía 1,49%, a US$ 97,60 (R$ 499,39).

Na Ásia, a maior parte dos mercados fechou no azul, com destaque para o ganho de 1,95% da Bolsa de Tóquio.