SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar fechou em queda de 1,07%, a R$ 5,2550, nesta quinta-feira (27), em meio à fraqueza global da moeda norte-americana e ao contínuo ingresso de recursos de exportadores no mercado doméstico.

A dinâmica favorável ao câmbio nesta sessão é uma extensão do que se tem visto mais recentemente, quando voltou-se a perceber entrada de recursos de exportadores no mercado físico, em meio ao rali nos preços das commodities.

Além disso, analistas têm revisado para cima as projeções para o PIB. Nesta quinta, o Itaú Unibanco passou a ver crescimento econômico de 5,0% em 2021, ante estimativa anterior de 4,0%.

Dados baseados em forward points (diferenças nas taxas de juros entre moedas) de swaps de dólar/real e dólar/peso mexicano mostram que a vantagem de taxa oferecida pelo real superou a da moeda mexicana pela primeira vez desde pelo menos o fim de novembro de 2019.

Também contribuiu para a fraqueza do dólar a revisão da estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) americano do departamento de Comércio dos EUA para o primeiro trimestre veio um pouco abaixo do esperado, mantendo-se em 6,4%.

Por outro lado, houve melhora no mercado de trabalho americano. O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de seguro-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, para uma mínima em 14 meses de 406 mil, conforme as restrições à pandemia continuam sendo suspensas no país, enquanto um relatório separado mostrou que os gastos das empresas com equipamentos aceleraram.

O Ibovespa subiu 0,3%, a 124.366 pontos.

"Investidores permanecem cautelosos em meio a dados econômicos menores do que o esperado, além de um possível aumento na inflação americana", afirmou a equipe da Genial Investimentos.

A Embraer teve uma das maiores altas da sessão, com salto de 6%, retomando a tendência de alta, após fechar em baixa de 2,4% na véspera.

Cogna e Yduqs avançaram 6,19% e 6,67%, respectivamente, em mês positivo para o setor de educação. No ano, Cogna ainda recua 7,34%, enquanto Yduqs acumula elevação de 2,12%, ante 4,49% do Ibovespa.

Já a Azul teve a maior queda do Ibovespa, com recuo de 4,58%, em meio a ajustes após fechar em alta de mais de 11% na quarta (26).

Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,12% e o Dow Jones, 0,41%. O Nasdaq teve ligeira queda de 0,01%.

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